O que “Bruna Surfistinha” dá e o que não dá
Inácio Araújo
Em nenhum momento de Bruna Surfistinha sexo é uma questão, o que não deixa de ser estranho num filme sobre a vida de uma prostituta, onde as relações entre sexualidade e dinheiro são, teoricamente, centrais.
Já o aspecto econômico é fartamente desenvolvido. Bruna vê seu corpo como uma máquina de fazer dinheiro, de se impor ao mundo, competir em suma, mas também de obter reconhecimento, de ser amada.
Nesse sentido, a trajetória de Bruna é interessante, porque é a de um sucesso financeiro e existencial: ela evita a condição de dejeto social e se transforma numa espécie de pequena empresária, empreendedorista, porém, em que o próprio corpo entra como máquina de sexo e mercadoria: a indústria e o comércio ao mesmo tempo.
O começo é o melhor do filme. A caracterização de Bruna como adolescente desajeitada pode ser um pouco superficial, mas não deixa de ser graciosa. O melhor é a parte do bordel pobre que freqüenta, suas relações com as outras prostitutas, com a patroa. E, sobretudo, os aspectos competitividade (na luta por fregueses ela é implacável) e o apego ao dinheiro. Perdoam-se aqui alguns desfoques artísticos incompreensíveis.
Depois disso, “Bruna” se rende com muita freqüência à convenção, à necessidade de contar a história, de fazer dela o seu centro, de satisfazer certas necessidades dos seus clientes-espectadores, diante dos quais age mais ou menos como a prostituta: trata-se de agradar sem, no entanto, mobilizar o desejo.
Um aspecto forte vindo do roteiro, no sentido em que lança expectativas e sempre funciona como elo entre os vários momentos narrativos, trata da questão do afeto: dos clientes que se apaixonam por prostitutas (Cássio Gabus Mendes) e de seu oposto, a satisfação sexual que a garota pode conseguir com um cliente.
Diga-se que o filme nunca deixa de ser visível, embora o interesse seja bem desigual a maior parte do tempo. Um exemplo: a parte de decadência de Bruna é muito, muito deficiente, terrivelmente convencional. A necessidade de ser fiel (suponho) ao livro, à narrativa da autora do livro não ajuda nada, porque a voz central é terrivelmente autocomplacente – o que se compreende, aliás.
No entanto, é incompreensível a razão porque tantos elementos são suscitados e deixados de lado de maneira ostensiva: a cleptomania, o desajuste à escola (embora ela aparentemente tenha assimilado ali boas lições de competitividade…), o fato de ser (se bem entendi) filha adotada etc.
Ou não é incompreensível: todos eles levam, de certa forma, a inquirir a sexualidade da protagonista, coisa de que o filme foge que nem o diabo da cruz. Por quê?
Algo muito deficiente está na conclusão: a viagem de Bruna ou Raquel pela prostituição como motivo de autoconhecimento, mencionada no final, é uma menção meramente convencional. Nada se explica, exceto a fortuna, a subida na vida, a afirmação de caráter econômico (na prostituição se ganha mais que como médico ou engenheiro etc.). Mas existencialmente, o que significa sua trajetória, para mim ao menos, é algo que fica no breu.
Um extracampo importante diz respeito à família: é como se todo o filme (o livro já tem isso?) desembocasse no desejo da protagonista/autora de se entender com a família. Seja isso sincero, seja um mote comercial para comover as mulheres da platéia. Mas entra, de todo modo, como motivo subjacente.
Ainda assim, parece claro que a autoria do filme, se existe, é de Raquel Pacheco, nunca Marcos Baldini, que é antes executante.
Ao tratar da prostituição o filme entra de sola nos dilemas existenciais do cinema brasileiro: ser mercadoria ou arte, dinheiro ou prazer, ou cortejar o amor do público como uma biscate ou aspirar ao, digamos assim, auto-respeito?
Um filme interessante, pois desde a publicidade vive em torno do mistério: como é a vida de uma garota de programa (no sentido em que GP é diferente de prostituta: é alguém de sucesso econômico, que se impõe pela sexualidade às “camadas altas” etc., ou seja, que faz da prostituição propriamente dita uma metáfora da existência prostitucional no mundo econômico contemporâneo).
No entanto, essa mercadoria ele não entrega. Ou ainda, quando entrega notamos que é o menos interessante que tem ou teria a oferecer.
“Bruna”, anuncia-se, em dois fins de semana já chegou a 1 milhão de espectadores. É o segundo ou terceiro blockbuster brasileiro que se impõe só neste começo de ano.
Ninguém pode dizer que nosso “cinema indústria” vai mal. Paulínia daqui a pouco virará Pauliniwood, a Bollywood brasileira.
Duas perguntas que sugere o fenômeno:
1. não haverá o esmagamento de toda produção não destinada ao “grande público”?
2. o êxito dessa produção ajudará, ao contrário, no desenvolvimento de um cinema menos comercial, porém mais ambicioso como, digamos, captação do mundo?
Algumas notações finais:
Meu temor (em relação às perguntas acima) é que esse tipo de cinema esteja sempre limitado às aspirações do público em determinado instante. “Bruna” me parece um desses achados: o encontro entre uma curiosidade e um mistério (não importa o quanto isso se resolve de maneira satisfatória: para o meu gosto, seria melhor se o filme desgrudasse da narrativa da autora, em primeira pessoa, fiel a ela etc. e tal. Mas eu entendo que na hora de negociar ela deve ser dura na queda (a partir do que o filme mostra).
Outro ponto é essa espécie de triunfo do acessório sobre o essencial que a gente tem visto tanto. Por exemplo: as unhas de Bruna estão pintadas de um jeito, quando ela está por cima, quando vai para sua fase de decadência a gente vê a unha descascando. É um cuidado importante da direção de arte. Ao mesmo tempo, como há uma ênfase muito grande nesse tipo de detalhe, nossa atenção acaba se voltando excessivamente para isso. A direção de arte se destaca um pouco às custas da mise-en-scène (ou por outra: se a mise-en-scène dá moleza, seus auxiliares passam à frente).
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ESSE FILME FICOU DA HORA DA DEBORA SECO
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allegro
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Só um lembrete pro pessoal que mantém o site: Não consigo publicar comentários pelo gooogle chromiun.
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allegro
12/03/2011 16:00:01
Três vivas para as putas, porque um só não basta.
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allegro
12/03/2011 15:57:59
Fico impressionado com o alto nível dos comentários.
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Marcel
12/03/2011 01:15:09
Lamentavel, assistir o filme hoje, e já não esperava muita coisa por ser filme de Debora SECA, uma atriz que só sabe fazer papel de puta. Tirando esse fato, o filme é realmente um convite para as meninas se prostituirem, um filme que a prostituta se deu bem na vida, um menina rejeitada, revoltada que achar que vai ser especial em uma casa de prostituição, que vai deixar de depender dos pais para depender de pênis de homem. Que deixa a oportunidade de uma vida sem prostituição ao lado de alguém que queria ajuda-la para continua usando o corpo. Só seres que não pensam, acham normal um menina de classe média largar a familia para vender o corpo como um bicho. Não sei para que tanta cena de sexo, quase um filme porno, só faltou pingar esperma na sala do cinema. Tanto dinheiro em um filme para ver uma prostituta se dando bem na vida, depois perdendo o dinheiro cheirando pó, rejeitando alguém que queria dar uma vida melhor para ela e mais se divertindo sendo prostituta que sofrendo. Foge da realidade, incentiva as imaturas. Para quem quer ver mulher pelada e bastante sexo, pode ir que vai adorar...péssima historia...
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Amanda
11/03/2011 19:08:00
O filme é válido, é bem feito, é bom. Não vai entrar na minha lista de preferidos, mas esperava bem menos, me surpeendeu positivamente. Fui ao cinema com amigos, inclusive com meu namorado, mas não acharia nenhum absurdo ele ver sozinho, pelamordedeus!A impressão que ficou para mim é de um filme triste, de uma menina com complexo de adotada e querendo ser mimada pelos pais, com problemas complicados para uma adolescente, e que resolve se virar sozinha. Ela não pôs a culpa em ninguém específico, a não ser nela mesma.Não acho que o filme queira dar exemplo, nem que a nossa juventude vá se perder pensando em seguir seus passos, pelamordedeus de novo! É uma história triste, e que parece não ter acabado. A Raquel de hoje ainda lembra a menina meio perdida.
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marcos nunes
11/03/2011 08:05:34
Bem, Inácio, não é o filme que aponta isso; no máximo, ele louva esses aspectos e nos diz que devemos assimilá-los bem e tocar pra frente. Ele não critica, faz apenas uma exposição superficial de relações e valores, sem voluntariamente embrenhar-se em discussões críticas. As questões levantadas por alguns comentaristas, e as perguntas que vocês fez acerca dos destinos do cinema enquanto arte e/ou ativo financeiro é que são relevantes. O filme não, ou é, mas por tabela, não em si mesmo.
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Antonio
10/03/2011 23:51:29
ipócrita, sem h...o comentário dessa bípede circunstancial sequer merece resposta. Coitada.
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Inácio Araujo
10/03/2011 23:20:08
E você acha que apontar esses três itens que você discrimina é irrelevante?
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Fio Terra
10/03/2011 21:55:25
Mas só o que me falta, aqueles imbrecis estrangeiro votarem nessa nheca de filme da Bruxa Xurfistinha pro OSCAR; terei vontade de mete um Fio Terra nesses gringos. . .
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jaimao
10/03/2011 21:40:30
Vou assistir o filme para ver a atuação da Gatona Debora nao por uma estória idiota de uma grande BISCA...
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Sophiah
10/03/2011 17:17:58
É linguagem técnica, amorzinho...Só pra quem "entende"!
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vivianne aluska
10/03/2011 16:34:06
Eu particularmente,AMEI o filme.Além de Deborah Secco ser uma atriz perfeita,a historia de Bruna Surfistinha é impressionante.É a realidade,não vamos ser ipocritas em dizer que isso não acontece,ou mandar qualquer um aqui procurar cultura,pois além de ter cultura temos q estar antenados no que acontece ao nosso redor enquanto estamos em nossas casas dormindo ou trabalhando.PARABÉNS Á DEBORAH SECCO E A BRUNA SURFISTINHA.
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Paulo
10/03/2011 10:42:46
Não assisti ao filme e pretendo não faze-lo. O Brasil é muito rico e temos exemplos muito melhores a serem transformados em filmes. Eu mesmo conheço várias pessoas que realmente são exemplos de superação e modelos a ser seguidos. Pessoas simples, pobres, sem estudos e sem nenhuma orientação a não ser a recebida pela vida, porém em momento nenhum deixaram de ser pessoas integras e até felizes. Pessoas que moram em casas pequenas, alugadas, muitas não possuem carros e quando tem são carros velhos. Mas não lhes falta a dignidade, a força de enfrentar dia após dia as dificuldades da vida sem a menor idéia se venceram ou não. Estas são as vidas e histórias que devemos prestar homenagens, não a uma prostituta bancando uma lutadora na vida.
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Marcus Vinicius
10/03/2011 10:39:26
Para quem estava saindo da falência da indústria do sexo, 800 programas foi uma meta um tanto surreal. Façamos as contas R$ 300,00 por programa lhe renderia R$ 240.000,00. Não é dinheiro para aposentar nenhuma prostituta viciada em cocaína inquilina de um flat de classe media.Infelizmente a apologia ao sexo como profissão e as drogas, foram determinantes em quase toda a narrativa, incitando a nossa juventude que, já não tem quase nada na cabeça, a inversão de valores e princípios.Por outro lado, o espetáculo visual protagonizado pela adorável Deborah Secco vai lotar as bilheterias desse nosso Brasil de sexólogos anônimos e punheteiros de plantão.
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Renata
10/03/2011 10:30:06
Eu li o Livro 'O Doce Veneno do Escorpião' antes de assistir ao filme. Em relação ao livro acho que realmente o filme deixou a desejar. Ficou focado nas relações com os clientes e não mostrou o início de tudo... Como ela foi parar naquela família, a forma como ela perdeu a virgindade com um colega de escola, o real motivo pelo qual roubou a jóia da mãe, as frustrações que a fizeram sair de casa, a briga com o 'irmão' e o envolvimento emocional com o cliente com o qual hoje está casada e que foi o maior incentivador para ela sair "da vida"... Enfim, parece que o filme acabou no meio.... Acho que só o que se salva é a perfeita atuação da Déborah Secco.
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Paulo
10/03/2011 10:29:48
É mais uma demonstração da mediocridade do cinema brasileiro, agora uma puta éalçada ao estrelato com pompas de heroina, logo será tema de escola de samba e toda mãe vai sonhar em ter uma "Bruna Surfistinha" em casa, onde estão nossos valores? O Brasil esta muito longe de ser um país bom para educação e formação de uma população sadia fisica e moralmente. Os programas de TV estão a cada dia baixando mais o nível em busca da audiência, onde um apresentador chama uma bando de desocupados de heróis, programas voltados a juventude onde os temas são apenas sobre sexo e onde demonstram que o importante é usar caminha já a outras questões não são relevantes, como com quem e qdo fazer o tal sexo. Hoje qdo falamos de valores morais dizem que estamos ultrapassados. Na TV fechada existem excelentes programas (em sua maioria americanos) direcionados a esta faixa etária sem apelação ao sexo e tramas de baixo nível como Drake & Josh, Ned ICarly....
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Eu
10/03/2011 10:27:12
Impressionante o conteúdo dos comentários. Isso prova que o povo brasileiro é extremamente idiota e igonorante por natureza e pior, é a classe que tem acesso á informação. Triste isso. Um povo sem conteúdo é como um peixe no meio de tubarões.
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hjorge
10/03/2011 10:23:05
Pessoal, um pouco mais de cultura não faz mal a ninguém, principalmente com que se atreve a publicar comentários. É frustrante encontrar termos como os abaixo (e o que é pior, em alguns casos tentar entender o que o "escritor" tenta dizer): proficionais, ipocresia, INSTRUTURA, cencura, promísque, agarinhar, conpactuando e por aí vai... Também os erros de concordância, como em mulheres comun. Sem contar com o fato de alguns não saberem os antônimos de bem, bom, mal e mau!Outro detalhe: uma observação mais atenta indica que a maioria esmagadora dos erros foram cometidos por homens; praticamente todas as mulheres que colocaram seus comentários o fizeram muito bem sob o ponto de vista gramatical... Parabéns a elas.
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Marcello
10/03/2011 10:16:38
Assiti ao filme durante o Carnaval e, confesso, esperava mais...Não fosse a beleza de Débora Secco, o filme não valeria a pena ser assistido...As história de Bruna é um "clichezão"...a menina infeliz que foge de casa para se tornar prostituta, sobe na vida e enfrenta forte decadência, para, depois, dar a volta por cima...A notoriedade da personagem da vida real criou o grande interesse, mas quem conhecia um pouco da história real percebeu que muito faltou...talvez o enorme número de cenas de sexo pudesse ter dado lugar a dilemas da vida da GP.Só lamento ter que ler no comentários, alusões à atriz como se ela fosse a personagem ou se contaminasse dela...tive a oportunidade de encontrar Débora no conívio normal e é uma menina que em absolutamente nada lembra Bruna, por isso peço que ao comentar, as pessoas deixem a ignorância de lado, pois só alguém muito mal formado e/ou informado confunde atriz com personagem...
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Hjorge
10/03/2011 10:15:58
Ás mulheres que "encontraram o ticket do filme no bolso do marido", uma pergunta relevante: antes de ficar assim tão surpreendidas, não seria o caso de considerar que ele teria sido compelido a agir assim porque há muito tempo ele deixou de ter suas expectativas satisfeitas em sua própria cama? Toda moeda tem duas faces....
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Dino Sauro
10/03/2011 10:11:51
Não vi e não gostei. "O que Deus une o homem não separa". Se separou não foi Deus que uniu, claro. Sobra a união pelo interesse econômico, financeiro, social, etc. etc.. tudo que o dinheiro pode comprar. Menos o valor moral. Creio seja esse o tema na narrativa filmesca.Dentro dessa premissa sobram poucos e poucas. Estamos, todos, no mesmo barco: o da terrível fraqueza de caráter e da (sombra coletiva) ausência de consciência de que, na sociedade que criamos e defendemos com unhas e dentes, figuramos como mercadoria, diga-se de qualidade suspeita, merecedora do auto-escárnio, dos auto-julgamentos de baixo calão publicados nesse blog. É o primado do "ego" sobrepujando o Self."Por fora bela viola, por dentro pão bolorento".
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Franklin
10/03/2011 10:07:18
é.... e ainda brasileiro sonha com algum Oscar......sendo que fazendo esses tipos de filmes onde que infelizmente consegue lotar as salas de cinema!!!!! nao dá pra dar credibilidade mesmo!!! vai demorar muito para os diretores chegarem aos grandes de renome internacional, como Darren Aronofsky, Woody Allen, Sofia Copolla, dentre outros tantos!!! que esses sim fazem filmes interessantes...
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Marco Antonio de Souza
10/03/2011 10:04:21
O filme retrata o mundo cruel e realista da prostituição...Mundo sujo e nojento que as meninas de hoje e de sempre devem evitar...
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Waldir
10/03/2011 09:56:06
Antônio, perfeito o seu pensamento. Sempre disse isso: Cinema é diversão, diversão rende dinheiro, e dinheiro movimenta grandes produções.Vamos ao cinema para rir, se assustar, chorar e viver uma ilusão de duas horas em busca de distração, uma ausência da realidade, como o circo.Chega de cangaço pensante, filme de ditadura ditadura (de uma lado só), cinema cabeça. Isso não vende e não diverte ninguém, além de serem produções toscas.O cinema brasileiro deve deixar de ser ideológico para se desenvolver.
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patricia
10/03/2011 09:53:27
A questão aqui não é julgar se é certo ou não o caminho escolhido pela protagonista. Ninguém discute o livre-arbítrio. Nem é crime a prostituição. O que salta aos olhos é o gasto de tanto tempo e dinheiro com um enredo tão pobre, que nada agrega. Por que não utilizar esses mesmos recursos para fazer um filme criticando a corrupção no Planalto? Por que não contar a vida de pessoas que agregaram algo para nossa nação? Luta, vidas comoventes...há tanto para se falar, ensinar e refletir! Mas falam da vida de uma prostituta, que se deu bem, afinal, hoje tem livro e até filme protagonizado por atriz global. Infelizmente, a massa é burra, ignorante...e dá audiência para o BBB. Felizmente, tivemos Tropa de Elite 2 um filme corajoso que afronta a corja política desse país. É disso que precisamos. Filmes com moção popular, dar audiência para a bibliografia de uma prostituta não é amoral como alguns disseram...mas acultural! Certamente, nosso preocioso tempo pode ser gasto em coisa melhor.
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Temos tantos outros herois!!!
10/03/2011 09:50:02
Tantas outras personalidades brasileiras com caráter dignidade e histórias, fica-se discutindo e dando ibope para a vida de uma desregrada da sociedade! Ou não, talvez esse seja o retrato da nossa sociedade, quem sabe?!
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